E O ENDIVIDAMENTO, COMO VAI?

E O ENDIVIDAMENTO, COMO VAI?

O assunto ENDIVIDAMENTO é tratado com muito tabu entre as pequenas e médias empresas, pelo menos aqui no Brasil. Todos se queixam da falta de crédito, dos prazos curtos dos financiamentos, das garantias a ser dadas para os empréstimos, mas ninguém fala do tamanho da dívida, do controle da dívida e, principalmente, das causas das dívidas.
Com certeza hoje temos empresas extremamente endividadas devido aos estragos causados pela pandemia do COVID-19. Muitas delas perderam grande parte do faturamento, algumas até 100% durante um certo período. E a maior parte das despesas não caíram na mesma proporção, ou não são possíveis de diminuí-las, ou demoram algum tempo para diminuírem. E já enxergamos muitas delas, na maioria micro e pequenas empresas, fecharem as portas. Principalmente do setor de bares e restaurantes, comércio varejista de roupas, papelarias, livrarias, pequenos comércios.
Estamos vendo que o otimismo depois da primeira onda da pandemia se arrefeceu. Veio a segunda onda, há quem diga que estamos indo para a terceira, ou tendo variantes do vírus, o fato é que ainda não temos um horizonte seguro que poderíamos dizer que está encerrando esta instabilidade.
E o que fazer para sobreviver? Que fôlego tem que ter? Afinal, os sobreviventes terão mais espaço no futuro, porque a concorrência será menor quando houver o retorno do crescimento.
Entendo que deve ser feito um diagnóstico atual da empresa, qual o total do endividamento, qual a qualidade dele, prazos, os que estão vencidos. Qual a despesa fixa da empresa, qual a margem de seus produtos e serviços, qual é o atual nível de faturamento, é possível crescer, ou diminuir para sobreviver?
Uma empresa com bons controles, chega rapidamente a este diagnóstico. Ou até já chegou nos dias de hoje. Será que a maioria das empresas tem esses controles?
E depois do diagnóstico, o que fazer? Um Plano de Ação. Com uma boa Administração Financeira e uma boa Análise Econômica, traça-se um caminho a ser seguido. Até chegar em lugar, digamos, confortável, este caminho pode ser médio, longo ou longuíssimo. Mas chegará a algum lugar a salvo. Terá uma meta a ser perseguida, terá os obstáculos colocados e terá a criatividade do empresário em ultrapassá-los.
O empresário que conseguir deixar a afobação do dia a dia e conseguir olhar sua empresa de uma maneira mais clara, sairá ainda melhor de mais uma crise instalada em nosso país.